Brasil entra na corrida tecnológica com a energia piezoelétrica

Brasil entra na corrida tecnológica com a energia piezoelétrica

Quando o assunto é fontes renováveis de energia, é normal lembrarmos dos cata-ventos eólicos, as hidrelétricas ou os painéis solares, porém são poucas pessoas que sabem sobre a fonte energética que fica debaixo dos nossos pés.

Ao pisarmos no chão ou andarmos com o carro sobre o asfalto, gera-se a energia mecânica, consequente da pressão do peso e da velocidade sobre a superfície. E faz parte de grandes investimentos e uma corrida tecnológica, entre países ricos nos últimos anos, o desenvolvimento de materiais que possam transformar essa energia em eletricidade, chamados piezoelétricos.

Os países desenvolvidos estão fazendo pesquisas sobre essa grande fonte e agora o Brasil também entrou na corrida. Elson Longo, pesquisador da Unesp – Universidade Estadual Paulista e outros nomes como Walter Sakamoto e Maria Aparecida Zaghete já produzem um material que garante ser mais barato que os disponíveis atualmente, além da produção ser  mais rápida que o processo já utilizado.

Hoje os materiais são feitos  com uma mistura de titânio, zircônio, chumbo e cerâmica e os brasileiros substituíram o ultimo ingrediente por um polímero originado do óleo de mamona, semelhante ao plástico, uma matéria-prima renovável e barata.

Nos experimentos, se pressionava uma superfície com os dedos e uma pequena luz de LED conectada ao sistema  se acendia. Agora a busca é por mais um componente para desenvolver um capacitor que armazene a energia gerada pela pressão.

Odescobrimento da piezoeletricidade não é recente, foi descoberto a mais de 100 anos pelos irmãos franceses Pierre e Jacques Currie. energiaE hoje é usada em câmeras fotográficas, ultrassons, microscópios e acendedores de fogão, por exemplo.

As pesquisas se intensificaram com a demanda por novas fontes energéticas e hoje já existe uma boate sustentável na Holanda com a piezoletricidade instalada no piso da pista de dança, em que a eletricidade gerada acende luzes do próprio local.

A França com a primeira cidade a testar a tecnologia nas calçadas. Um supermercado na Inglaterra produzindo eletricidade com placas piezoelétricas em seu estacionamento. Tóquio instalou o mesmo piso em uma estação de metrô, garantindo eletricidade para letreiros luminosos e catracas eletrônicas.  E em Israel que já realiza experimentos em estradas, trilhos de trem, pistas de aeroportos e também em estações de metrô.

Segundo os pesquisadores, a eletricidade precisa ser utilizada assim
que gerada. O foco agora é para o armazenamento da energia, pois não existem ainda baterias capazes para guarda-la.

Share this post


×